A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está envolta em mais um escândalo que promete abalar o mundo esportivo em 2025. De acordo com informações divulgadas por Lauro Jardim, do jornal O Globo, uma bombástica revelação foi feita durante uma videoconferência com 30 dirigentes do futebol nacional pelo CEO do Botafogo, Thairo Arruda. O apoio do clube carioca ao novo presidente da entidade, Samir Xaud, teria sido resultado de complexos arranjos de natureza política.
Thairo detalhou um acordo feito com uma figura referida como "Brasília", com o intuito de evitar a punição de John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, por alegadas manipulações de resultados no Brasileirão. O termo "Brasília" estaria sendo usado para se referir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que segundo a reportagem, exerceria influência decisiva nas instâncias do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), capaz de alterar o destino do empresário norte-americano.
Assim, configurou-se um intricado jogo político de interesses. Em troca da proteção a Textor, o Botafogo teria votado no candidato apoiado por Gilmar Mendes (Xaud), em vez de respaldar Reinaldo Carneiro Bastos, que contava com o apoio dos demais clubes. Inicialmente neutro, o Alvinegro buscava ouvir ambas as partes e sugeriu o adiamento da eleição para a presidência da CBF em 60 dias.
O ex-presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, oficializou nesta segunda-feira, 20, sua renúncia à tentativa de retorno ao comando da entidade máxima do futebol brasileiro. A decisão foi tomada após seu recente afastamento determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), encerrando uma das mais conturbadas disputas de poder na história da entidade.
Segundo sua defesa, Ednaldo optou por abdicar da disputa devido aos impactos pessoais e familiares dos desdobramentos do caso, especialmente após alegações de falsificação de assinaturas em um acordo com opositores da CBF. Em sua petição, o dirigente reiterou seu respeito pelas instituições e pelo sistema judicial.